Plataforma de controle da Fundação para o Meio Ambiente revela que resíduos de saneamento, de saúde e de construção civil estão entre os tipos mais comuns gerados e tratados no estado.
O estado de Santa Catarina registrou a movimentação de mais de 5 milhões de toneladas de resíduos industriais no primeiro ano de funcionamento da plataforma de controle de resíduos da Fundação para o Meio Ambiente (Fatma).
Que é desenvolvida com o apoio da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre).
O sistema declaratório da Fatma está em operação desde junho de 2015 e funcionou em caráter voluntario até abril de 2016, quando passou a ser obrigatório para os geradores de resíduos industriais e assemelhados (resíduos comerciais e de serviços).
A partir de maio de 2017 passou a ser obrigatório também parta os resíduos de serviços de saúde (RSS).
A plataforma também registra os resíduos gerados no território catarinense e destinados em outros estados, além daqueles gerados em outras localidades e destinados em Santa Catarina.
Atualmente, a ferramenta com cerca de 32.400 empresas cadastradas, entre geradores, transportadores, recicladores e destinadores, muitos de outros estados.
Estão cadastrados usuários de 21 estados brasileiros.
Iniciativa
A iniciativa prevê ainda que toda a movimentação de resíduos sólidos no estado deve, obrigatoriamente, ser acompanhada do Manifesto de Transporte de Resíduos e Rejeitos (MTR).
Basta a empresa geradora acessar o site do órgão ambiental, cadastrar-se e emitir os manifestos.
“Vale lembrar que o sistema declaratório é uma obrigação legal do poder público, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e também por diversas leis estaduais”, ressalta Carlos Fernandes, presidente da Abetre.
“O sistema MTR Online é o único instrumento capaz de dar eficácia à fiscalização pelos órgãos ambientais. Sem essa ferramenta de informações, as autoridades ficam apenas na dependência de denúncias e flagrantes no local”, acrescenta.
“Na prática, o sistema unifica o modelo de declaração das empresas geradoras de resíduos – antes feito de maneira isolada e sem um critério único, facilitando a gestão das informações pelos próprios usuários como, principalmente, traz segurança aos geradores que podem estar informados e documentados a respeito da destinação efetiva de seus resíduos e rejeitos”, conclui Fernandes.
Resultados do primeiro ano de funcionamento
– Resíduos de Saneamento Urbano (lodo e areia de filtros e sólidos grosseiros): 47.735 toneladas
– Resíduos Industriais e Assemelhados classe I: 146.846 toneladas
– Resíduos Industriais e Assemelhados classes IIA e IIB: 5.050.078 toneladas
– Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): 3.783 toneladas
– Resíduos de Construção Civil (RCC) classe D – perigosos: 4.673,88 toneladas
– Resíduos de Mineração : 1.293,50 toneladas
– Resíduos diversos destinados
- Lâmpadas: 3.370.090 unidades
- Eletroeletrônicos: 187,10 toneladas
- Pilhas e Baterias: 62,30 toneladas
- Pneus : 1.195,00 toneladas
Os estados que também aderiram à plataforma
Essa estrutura de rastreamento e controle despertou interesse de outros órgãos estaduais de meio ambiente, e a Fatma já firmou Convênio de Cooperação Técnica com os seguintes estados:
- Rio de Janeiro (Instituto Estadual do Ambiente – INEA)
- Rio Grande do Sul (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – FEPAM)
- Alagoas (Instituto do Meio Ambiente – IMA)
- Minas Gerais (Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM)
Da Redação
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